Disbiose: O Que Seu Intestino Está Tentando Te Dizer?

Vamos desvendar neste artigo sobre um tema extremamente relevante e cada vez mais frequente na nossa sociedade. A disbiose intestinal está diretamente envolvida no desenvolvimento de doenças mentais, fibromialgia e dor crônica

1) O que é disbiose?

• Conceito: Disbiose é um termo usado para descrever um desequilíbrio na microbiota intestinal, que é o conjunto de trilhões de microrganismos, incluindo bactérias, vírus e fungos, que habitam nosso trato gastrointestinal.

Esses microrganismos desempenham papéis vitais na digestão, na produção de vitaminas, na proteção contra patógenos e na regulação do sistema imunológico. Quando o equilíbrio entre esses microrganismos é perturbado, pode ocorrer a disbiose, levando a uma série de problemas de saúde.

• Microbiota intestinal: É o conjunto de trilhões microrganismos, incluindo bactérias, vírus e fungos, que habitam nosso trato gastrointestinal. Esses organismos desempenham funções vitais na vida humana. Inclusive, essas bactérias do bem nos protege contra o crescimento de bactérias que provocam infecções. Portanto

Dr Saliciano atende e trata diariamente pacientes com disbiose, pois ele tem ampla formação em Medicina Funcional Integrativa. O diagnóstico e tratamento de pessoas com disbiose ainda é pouco conhecida na medicina tradicional, e por isso os pacientes têm procurado por ele. Ele utiliza substâncias naturais (suplementos e fitoterápicos) e a própria neuromodulação no tratamento

2) Causas da Disbiose

A disbiose pode ser causada por diversos fatores, muitos dos quais estão relacionados aos nossos hábitos de vida e escolhas diárias. Aqui estão algumas das causas mais comuns:

1. Dieta Pobre em Fibras e Rica em Açúcares e Gorduras:
   • Uma dieta desequilibrada, especialmente rica em alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas, pode promover o crescimento de bactérias nocivas e reduzir as benéficas.
2. Uso Excessivo de Antibióticos:
   • Antibióticos são essenciais para tratar infecções bacterianas, mas seu uso excessivo ou inadequado pode destruir tanto as bactérias nocivas quanto as benéficas, levando ao desequilíbrio.
3. Estresse Crônico:
   • O estresse pode afetar a motilidade intestinal e alterar a composição da microbiota, contribuindo para a disbiose.
4. Falta de Exercício Físico:
   • A atividade física regular ajuda a manter um microbioma saudável. A falta de exercício pode contribuir para o desequilíbrio microbiano.
5. Distúrbios do Sono:
   • O sono inadequado ou de má qualidade pode impactar negativamente a microbiota intestinal.
6. Exposição a Toxinas:
   • Produtos químicos, pesticidas e poluentes podem afetar a saúde intestinal e contribuir para a disbiose.

3) Sintomas da Disbiose

Os sintomas da disbiose podem variar amplamente, pois o intestino está intimamente ligado a muitos sistemas do corpo. Alguns dos sintomas mais comuns incluem:

1. Problemas Digestivos:
   • Inchaço, gases, diarreia, constipação e dor abdominal são frequentemente relatados.
2. Fadiga e Cansaço:
   • A disbiose pode afetar a absorção de nutrientes, levando à fadiga.
3. Problemas de Pele:
   • Condições como acne, eczema e rosácea podem estar associadas à disbiose.
4. Alterações de Humor:
   • Ansiedade, depressão, insônia e irritabilidade podem ser influenciadas pela saúde intestinal, devido à conexão entre o intestino e o cérebro.
5. Sistema Imunológico Enfraquecido:
   • Um microbioma desequilibrado pode comprometer a resposta imunológica, aumentando a suscetibilidade a infecções.
6. Obesidade e sobrepeso:
   • Um microbioma alterado está diretamente envolvido na dificuldade de perder gordura, de queimar gordura, e de ganhar massa muscular.

4) Quais as consequências da disbiose?

Além dos sintomas citados anteriormente, a disbiose pode levar a manifestações extra intestinais. Estas são realmente mais danosas para as pessoas, e nem sempre os sintomas iniciam-se rápido

Sabemos que a disbiose intestinal está envolvido no desenvolvimento de uma série de doenças. Abaixo, seguem algumas das mais importantes:

1. Depressão e transtornos de ansiedade
2. Insônia
3. Síndrome do intestino irritável
4. Dor crônica e fibromialgia
5. Doença de Alzheimer
6. Doença de Parkinson
7. Doenças auto imunes, como Lupus e artrite reumatóide
8. Resistência insulínica e diabetes
9. Pressão alta
10. Sobrepeso e obesidade
11. Espinhas (Acne) e outros problemas de pele
12. Maior suceptibilidade a ter infecções de repetição, como resfriados, infecçõies de garganta, ouvido e pneumonia

É importante ressaltar que os impactos da disbiose em manifestações extra intestinais. É fundamental que o médico faça uma avaliação ampla de detalhada. Dr Saliciano é especialista em Medicina Integrativa e tem larga experiência no diagnóstico e tratamento de disbiose, inclusive com avaliação de exames de alta precisão e ainda pouco conhecidos pela maioria dos médicos

5) Relação com Hábitos de Vida

Os hábitos de vida desempenham um papel crucial na manutenção de um microbioma saudável. Aqui estão algumas maneiras de promover um equilíbrio saudável da microbiota:

1. Adote uma Dieta Rica em Fibras:
   • Alimentos como frutas, vegetais, grãos integrais e leguminosas são ricos em fibras, que alimentam as bactérias benéficas no intestino.
2. Inclua Alimentos Fermentados:
   • Iogurte, kefir, chucrute e kimchi são ricos em probióticos, que podem ajudar a restaurar o equilíbrio microbiano.
3. Reduza o Consumo de Açúcares e Alimentos Processados:
   • Limitar esses alimentos pode ajudar a prevenir o crescimento excessivo de bactérias nocivas.
4. Pratique Exercícios Regularmente:
   • A atividade física ajuda a promover a diversidade microbiana e a saúde geral do intestino.
5. Gerencie o Estresse:
   • Técnicas de relaxamento, como meditação e yoga, podem ajudar a reduzir o impacto do estresse na saúde intestinal.
6. Durma Bem:
   • Priorizar um sono de qualidade é essencial para a saúde do microbioma.
7. Evite o Uso Desnecessário de Antibióticos:
   • Use antibióticos apenas quando prescritos por um profissional de saúde e siga as instruções cuidadosamente.

6) Como fazer o diagnóstico?

O exame mais importante para avaliar se a pessoa tem disbiose é o coprológico funcional, em que vai avaliar a digestibilidade, se tem sinais de inflamação intestinal ou dificuldade de digerir e absorver algumas substâncias

No entanto, se for realizar uma avaliação mais acurada, mais detalhada, outros exames podem ser realizados:

1. Zonulina fecal = avalia a permeabilidade do intestino a substâncias nocivas e se apresenta Leaky gut
2. IgA e lactoferrina fecal = avalia a imunidade intestinal
3. Melatonina fecal = avaliar o metabolismo da serotonina e é marcador de neuroplasticidade
4. Histamina Fecal = avaliar a produção e acúmulo de histamina no corpo, e está fortemente relacionado a algumas doenças mentais
5. Dosagem de micronutrientes (zinco, ferro, selênio, B12, B9, cobre) = ajuda a entender se o intestino está absorvendo bem ou mal esses elementos
6. Microbioma fecal = avalia todo o perfil de tipos de bactérias que habitam o intestino. É um método sofisticado de verificarmos exatamente quais bactérias estão em falta e quais estão em excesso. Costuma ser um exame mais caro e poucos laboratórios no Brasil realizam

Dr Saliciano tem ampla experiência na avaliação e diagnóstico de disbiose, com tratamento personalizado com suplementos naturais e fitoterápicos

7) Como fazer o tratamento

Disbiose é um diagnóstico sindrômico, ou seja, duas pessoas com os mesmos sintomas podem ter causas completamente diferentes. Por isso, os tratamentos não podem iguais para todos. Cada paciente deve receber um tratamento específico. Esse é um ponto que Dr Saliciano sempre reforça: diagnósticos e tratamentos de alta precisão e totalmente personalizados

Seguem abaixo algumas medidas que costuma ser muito úteis no tratamento, e que a escolha de quais medidas utilizar deve ser feito após avaliação médica detalhada

1. DIETA e PADRÃO ALIMENTAR: Esta é a medida mais importante. O que comemos interfere DIRETAMENTE no perfil de nossa microbiota. Alimentos ricos em gluten e carboidratos frequentemente contribuem para reduzir a diversidade das bactérias intestinais. Menor diversidade pode provocar disbiose e perda de várias funções intestinais. De uma forma geral, um padrão alimentar rico em alimentos naturais, frescos, diverso, pobre em carboidratos e sem gluten, costuma ser a base do tratamento
2. Probióticos: Micro-organismos vivos que ajudam a equilibrar a flora intestinal. Comuns em iogurtes e suplementos. Há muitas opções e precisamos individualizar o tipo de usar, em cada caso
3. Prebióticos: Fibras que alimentam as boas bactérias no intestino. Encontrados em alimentos como alho e cebola. Pode ser usado em formato de suplemento também
4. Glutamina: Aminoácido que ajuda na reparação da parede intestinal. Útil para melhorar a saúde do e permeabilidade do intestino.
5. Zinco: Mineral essencial que suporta o sistema imunológico e a saúde intestinal. Pode ser encontrado em suplementos e alimentos.
6. Óleo de Peixe: Rico em ômega-3, ajuda a reduzir a inflamação intestinal. Comum em cápsulas de suplemento. O ideal é ter maiores concentrações de DHA e EPA
7. Aloe Vera: Planta que pode acalmar o trato digestivo e ajudar na cura intestinal. Usada em sucos e suplementos. Pode ajudar na modulação da acidez do estômago
8. Curcumina: Componente ativo do açafrão, possui propriedades anti-inflamatórias. Pode ser consumida em cápsulas ou pó, dissolvido em água. Possui potentes ações anti disbióticas
9. Berberina: Alcaloide que ajuda a equilibrar a flora intestinal e combater bactérias nocivas. Encontrada em suplementos de cápsulas.
10. Alcaçuz Deglicirrizinado: Ajuda a proteger a mucosa intestinal e reduzir a inflamação. Usado em comprimidos ou pós.
11. Extrato de Semente de Toranja: Possui propriedades antimicrobianas que podem ajudar a combater bactérias nocivas.
12. Ácido Caprílico: Derivado do óleo de coco, ajuda a combater o crescimento excessivo de leveduras no intestino. É um ácido graxo de cadeia média, tambem importante na saúde cerebral
13. Enzimas Digestivas: Ajudam na quebra dos alimentos e melhoram a digestão. Disponíveis em suplementos, sachê e cápsulas. Aqui, também há muitos tipos e portanto as doses e tipos devem ser individualizados
14. Psyllium: Fibra solúvel que ajuda a regular o trânsito intestinal e alimentar boas bactérias.
15. Raiz de Dente-de-leão: Ajuda na digestão e possui propriedades prebióticas. Pode ser consumida em chás ou suplementos.
16. Extrato de Chá Verde: Rico em antioxidantes, ajuda a reduzir a inflamação e suporta a saúde intestinal.
17. Neuromodulação vagal: é uma forma não invasiva e muito efetiva de tratamento da disbiose, e tem grandes vantagens de não produzir efeitos colaterais, por não envolver a ingestão de nenhuma substância
18. Atividade Física: É outra medida que pode ajudar a reequilibrar a mocrobiota intestinal. O tipo e a intensidade precisam ser identificados para cada pessoa

Veja a quantidade de opções de tratamento para disbiose. Estimativas nos Estados Unidos mostram que 30 a 40% da população adulta tem algum tipo de disbiose. O intestino está conectado funcionalmente para diversas funções do corpo, por isso está relacionado com muitos problemas de saúde. O intestino é muito mais do que nosso segundo cérebro, ele é a base de conexões com todo o corpo

Não se conforme com diagnósticos superficiais, com tratamentos que são feitos em formato de “receita de bolo”, ou seja, tratamentos iguais para todos. Busque um médico que tem experiência e expertise no tema. Dr Saliciano tem expertise na Medicina Integrativa, no diagnóstico e tratamento de alta precisão em disbiose, e na relação do eixo intestino – cérebro e nas demais conexões.

https://drsalicianolima.com.br/neuromodulação

https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/34146716

Referências:

1. Mayer, E. A., Tillisch, K., & Gupta, A. (2015). Gut/brain axis and the microbiota. The Journal of Clinical Investigation, 125(3), 926-938.
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3. Clarke, G., Stilling, R. M., Kennedy, P. J., Stanton, C., Cryan, J. F., & Dinan, T. G. (2019). Minireview: Gut microbiota: The neglected endocrine organ. Molecular Endocrinology, 28(8), 1221-1238.
4. Kelly, J. R., Borre, Y., O’Brien, C., Patterson, E., El Aidy, S., Deane, J., … & Dinan, T. G. (2016). Transferring the blues: Depression-associated gut microbiota induces neurobehavioural changes in the rat. Journal of Psychiatric Research, 82, 109-118.
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