Dor no ombro é uma condições médica que acomete milhões de pessoas todos os anos. Vamos entender todas as causas e opções mais sofisticadas de tratamento
1) Causas de dor no ombro:
- Tendinite: Tendinite no ombro é uma inflamação de tendões que envolvem os músculos e ossos do ombro e estruturas próximas. Aqui, é importante esclarecer o que é um tendão: é uma estrutura de tecido conjuntivo, resistente, que conecta os ossos com os músculos. O grupo de tendão que mais frequentemente está inflamado são os tendões do manguito rotador, que envolvem 4 músculos principais: redondo menor, supra e infraespinhal e subescapular. Em figuras abaixo, você ver os tendões e os músculos envolvidos e também quando o tendão está inflamado.
- Osteoartrose no ombro: É provocado por um desgastar da cartilagem do ombro, da parte do osso do úmero (osso no antebraço) que encaixou em uma estrutura chamada CAVIDADE GLENOIDE. Veja nas imagens abaixo sobre ombrro normal (ombro sem artrose) e ombro com artrose, com desgaste ósseo. Nesses casos de desgaste ósseo, a melhor solução é fazer tratamentos com medidas de medicina regenerativa. Exemplo: aplicar substâncias que vão regenerar o tecido ósseo e cartilaginoso danificado, como PRP e aspirado de medula óssea. Essas composições são ricas em cçelulas tronco. Esses procedimentos são feitos em consultório, com anestesia local.
- Dor miofascial: Na prática, essa é a causa mais comum de dor no ombro. Infelizmente, ainda é uma causa pouco lembrada, inclusive por médicos. Isso acontece porque se formam pontos de contratura muscular em locais específicos, chamado de ponto gatilho. Na figura abaixo, destacasm-se os locais dos pontos gatilhos mais frequentes, para cada músculo do manguito rotador. Pode haver contratura de outros músculos também, e isso resultado em uma dor que se reflete no ombro. Esse detalhe é extremamente importante e explica porque alguns pacientes com dor crônica no ombro fazem procedimentos infiltrativos e não melhoram: porque as vezes a ORIGEM da dor no ombro está em outro local. Muitas vezes, a dor miofascial se apresenta com irradiação para o braço e até mão
- Tendinopatia calcárea: também conhecida como tendinite calcária, é uma condição dolorosa que ocorre quando depósitos de cálcio se acumulam nos tendões, mais comumente no manguito rotador do ombro. Essa condição pode causar dor intensa e limitar a mobilidade do ombro, afetando atividades diárias
- Capsulite adesiva: popularmente conhecida como “ombro congelado”, é uma condição caracterizada pela rigidez e dor no ombro. Ocorre quando a cápsula do ombro, o tecido que envolve a articulação, se torna espessa e rígida, formando aderências. A grande característica dessa patologia é a limitação do movimento, especialmente de elevar o braço, com dificuldade até de realizar as manobras de fisioterapia.
- Bursite: É inflamação da bursa, uma pequena bolsa cheia de líquido que ajuda a reduzir o atrito entre os tecidos da área. A inflamação pode ser causada por lesões, uso excessivo ou condições inflamatórias.
- Outras: Há doenças que não tem nenhuma relação com as citadas anteriormente, e nao tem relação com condições musculoesqueléticas, mas que podem provocar dor no ombro, como: Trombose de veia axilar, dor referida de doenças cardíacas ou hepáticas ou até pulmonares. Hérnia de disco em região cervical pode provocar compressão de nervos e também provocar dor no ombro
2) Sintomas de cada patologia do ombro
- Artrose: Dor que piora com o movimento e melhora com o repouso; Crepitação ou sensação de estalos ao mover o ombro; Redução progressiva na capacidade de realizar os movimentos; Rigidez matinal ou após períodos de inatividade
- Tendinopatia Calcária: Dor aguda e intensa, constante ou intermitente, frequentemente pior à noite; Rigidez e limitação na amplitude de movimento; Sensação de fraqueza no ombro;
- Dor Miofascial: Presença de pontos-gatilho (trigger points) nos músculos do ombro, que são áreas sensíveis que causam dor quando pressionadas; Dor profunda e persistente no ombro, que pode irradiar para o braço ou pescoço; Rigidez muscular e redução na amplitude de movimento; Sensação de fraqueza no ombro afetado
- Tendinite: Dor piora especialmente ao levantar o braço ou realizar movimentos acima da cabeça; Sensibilidade ao toque na área afetada; Inchaço leve ao redor do ombro; Dificuldade em realizar atividades diárias devido à dor.
- Bursite: Dor costuma ser intensa, que pode piorar ao mover o braço ou deitar sobre o ombro afetado; Inchaço e vermelhidão ao redor da articulação do ombro; Sensação de calor na área inflamada; Limitação na amplitude de movimento devido à dor.
- Capsulite adesiva: As principais características são um dor progressiva, com limitação importante do movimento e rigidez progessiva. Com a evolução da doença, a dor pode ir reduzindo mas a imobilidade ir aumentando, com a capacidade de elevação do membro mais cada vez mais prejudicado. Isso costuma trazer grandes compormetimentos na qualidade de vida e na funcionalidade as atividades do dia a dia.
Veja como a forma de se apresentar cada doença tem detalhes, nuâncias. Procure um médico com experiência no atendimento de pessoas com dor crônica. Não foque apenas em tratamentos com cirurgia ou fisioterapia. Dr Saliciano tem larga experiência no tratamento de pessoas com dor crônica, inclusive dor crônica no ombro, por meio de medidas inovadoras, como neuromodulação, medicina regenerativa e medicina integrativa.
Veja o que os pacientes falam sobre os resultados do tratamento dele
3) Como fazer um diagnóstico eficiente e assetivo
Um diagnóstico correto é fundamental para a escolha de um tratamento adequado. Os tipos de exames dependem muito da avaliação clínica. Abaixo, colocamos os exames mais importantes para cada caso:
- RX do ombro: útil para avaliar tendinopatia calcárea, mas não mostrar alterações relacionadas às demais causas
- Ultrassonografia: é um método fácil, acessível e sem radiação para avaliar tendões e ligamentos, mas não vai identificar dor miofascial nem capsulite adesiva ou tendinopatia calcárea. E só vão aparecer alterações de tendinite e bursite em fases moderadas a avançadas
- Ressonância e tomografia: muito bom para identificarem alterações de artrose, tendinite, bursites, e tendinopatia calcárea, mas não vão mostrar alterações da dor miofascial ou capsulite adesiva
- Termografia médica: esse exame é extremamente importante para quem tem dor crônica no ombro, pois é o único que consegue fornecer informações claras para as causa mais comum = dor miofascial. Além disso, ajuda no diagnóstico de capsulite adesiva, tendinite e bursite. Na imagem abaixo, demonstra-se uma termografia do ombro
- Exames de sangue: dosagem de micronutrientes sempre é importante, pois deficiências de alguns substâncias pode levar a desencadear inflamação crônica subclínica e levar à dor crônica no ombro (especialmente capsulite adesiva, bursite e tendinite)
4) Medidas para tratamento
O tratamento de alta performance para pessoas que sofrem de dor crônica no ombro precisa seguir alguns passos.
- 1º Passo: Fazer um diagnóstico preciso é a parte inicial do tratamento. Sem um diagnóstico correto, o tratamento se torna ineficiente. E para isso, uma avaliação metabólica e com termografia é essencial. Por isso, dr Saliciano se especializou em temas da Medicina Funcional Integrativa, incluindo a Termografia Médica
- 2º Passo: Estabelecer um plano dietético anti inflamatório, especialmente com restrições de gluten, caseina e carboidratos simples.
- 3º Passo: Fazer suplementos específicos para cada paciente. Vou citar alguns que podem ser usados: Curcumina, canela do ceilão, carnitina, ácido boswélico, Magnésio, Ácido Graxo Eicosapentaenoico, entre muitos outros. Nesse aspecto, precisamos escolher o melhor esquema terapêutico específico para cada paciente. Utilizar suplementos aleatórios não costuma trazer bons resultados. Buscar acompanhamento com um médico ou nutricionista que entenda de medicina funcional integrativa traz mais segurança e resultado.
- 4º Passo: Fazer neuromodulação ou técnicas de medicina regenerativa com infiltração articular. Qual das técnicas traz melhores benefícios depende da CAUSA da dor. Os passos 1, 2 e 3 são importantes para qualquer diagnóstico, mas o passo 4 depende do diagnóstico exame, conforme mostrado a seguir:
- Neuromodulação = muito eficiente para dor miofascial e parcialmente para capsulite adesiva e tendinite
- Infiltração articular com medicina regenerativa = muito eficiente para tendinopatia calcárea, capsulite adesiva e artrose
Portanto, veja como fazer o diagnóstico é extremamente relevante para escolher a melhor abordagem terapêutica. Dr Saliciano tem formação em Medicina Funcional Integrativa, Neuromodulação e Termografia médica. Realiza os tratamentos acima citados e já ajudou muitas pessoas com dor no ombro, que buscam tratamentos não invasivos, e não cirúrgicos
MATERIAL COMPLEMENTAR PARA LEITURA
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/38286434 = Revisão sobre neuromodulação para pacientes com dor crônica
https://drsalicianolima.com.br/neuromodulacao/ = artigo aprofundando sobre neuromodulação
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/32178894
Referências:
Yamaguchi K, Tetro Am, Blam O, et al. Natural history of asymptomatic rotator cuff tears: a longitudinal analysis of asymptomatic tears detected sonographically. J Shoulder Elbow Surg. 2001 May-Jun;10(3):199-203.
Beaudreuil J, Dhénain M, Coudane H, Mlika-Cabanne N. Clinical practice guidelines for the surgical management of rotator cuff tears in adults. Orthop Traumatol Surg Res. 2010 Apr;96(2):175-9.
Travell and Simons. Myofascial Pain and Dysfunction: The Trigger Point Manual: Volume 2: The Lower Extremities. 1996